Retirada de faixas antirracistas na UFU, alunos acusam a instituição de censura e racismo; Fala de chefe de gabinete provoca protesto de estudantes
- Redação

- 11 de nov.
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A Universidade Federal de Uberlândia (UFU) enfrentou críticas e protestos após a retirada de faixas e cartazes com mensagens antirracistas no Campus Pontal, em Ituiutaba. A ação, realizada pela Prefeitura Universitária, foi considerada pelos estudantes uma forma de censura e apagamento simbólico das lutas raciais.

Os materiais haviam sido instalados no dia 2 de novembro pelo Programa de Educação Tutorial de Geografia (PET Geografia), como parte das atividades do Mês da Consciência Negra. A iniciativa buscava promover o debate sobre o racismo estrutural e valorizar personalidades negras.
De acordo com o grupo, no dia seguinte parte das faixas e cartazes foi removida por ordem da administração do campus, sob a justificativa de “limpeza dos espaços”. Segundo os representantes do PET Geografia, a direção do campus classificou a ação como “vandalismo”, o que gerou forte reação dos estudantes. O grupo afirmou que “racismo não se limpa com vassoura” e denunciou a atitude como tentativa de silenciar manifestações legítimas.
Durante um evento institucional posterior, a chefe de gabinete da Reitoria, Christiane Pitanga Serafim da Silva, respondeu dizendo que o caso “não representava racismo”, mas um incidente isolado. A fala foi recebida com protestos de estudantes, que se manifestaram em repúdio ao que consideraram uma negação do racismo institucional.
Diante da repercussão, o reitor Carlos Henrique de Carvalho divulgou uma nota pública de repúdio no domingo (9), reconhecendo o caso como um episódio de racismo e pedindo desculpas à comunidade acadêmica.
A Universidade informou ainda que está adotando medidas para apurar os fatos e reforçar ações permanentes de enfrentamento ao racismo em seus espaços.
Foto: PET Geo Pontal/Divulgação










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